As eleições legislativas mostraram um vencedor claro, mas novamente sem maioria absoluta, o que obrigará a entendimentos com partidos da oposição, à semelhança do que sucedeu no ano passado, para aprovar o Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano. Este exercício já se afigurava complicado pela incerteza que envolve a economia global, que vai desde a questão comercial às guerras em curso, e forçará o Governo a incluir uma série de riscos no seu planeamento – sendo que as contas certas continuarão a ser prioritárias, mesmo com os três mil milhões de euros previstos em descidas de impostos ou com a possibilidade de o crescimento desiludir.
A quadratura do círculo do OE2026: incerteza, PIB, PRR e impostos
Contexto internacional já era adverso e ficou mais difícil com os avanços e recuos tarifários de Trump, mas, por cá, o cenário também é desafiante. OPRR continua com atrasos e irá pesar nas contas públicas de 2026, Bruxelas prevê um crescimento abaixo do objetivo do Governo e, só do IRS, haverá já 500 milhões de euros que não entrarão nos cofres públicos.
