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“A primeira fase da refinaria entrará em funcionamento no segundo semestre de 2024”

Atanas Bostandjiev a Numa curta entrevista por escrito, o CEO da Gemcorp revela que a primeira fase do projeto de Cabinda estará a funcionar no segundo semestre de 2024. A refinaria deverá criar 1.300 postos de trabalho diretos e indiretos, salienta o gestor, que tem no currículo passagens pelo Goldman Sachs e outras instituições.

Quando entrará em operação a refinaria em Cabinda?
A primeira fase da refinaria de Cabinda estará pronta no segundo semestre de 2024 e entrará nessa altura em funcionamento.
 
Qual foi o valor do investimento, até ao momento? E qual será o valor total?
O total é de 473 milhões de euros para a primeira fase, dos quais 335 milhões via project financing, e 138 milhões por equity. A totalidade do equity já foi disponibilizada e na quinta feira, 13 de julho, anunciámos o financial close do projeto com o project financing de 335 milhões por um consórcio liderado por AFC, Afreximbank e outros bancos locais e internacionais.
 
Esta operação tem sido apresentada como não tendo custos para o erário público de Angola. Mas a Sonangol é acionista. Como será repartido o investimento entre a Gemcorp e a Sonangol?
O investimento é privado e financiado pelo equity dos acionistas do projecto, para além, como já referi, do pacote financeiro de 335 milhões fechado com um sindicato bancário em que participam a Africa Finance Corporation e o African Export-Import Bank (Afreximbank), entre outros. A Gemcorp é detentora de 90% do capital, enquanto a Sonangol detém 10%. 

A vossa experiência na Libéria - onde instalaram uma refinaria num curto espaço de tempo, segundo foi noticiado - foi crucial para poderem implementar este projeto?
A experiência da Libéria permitiu-nos uma maior familiaridade com a tecnologia, que será a mesma a utilizar em Cabinda. Porém, em Cabinda a capacidade inicial é três vezes maior do que na Libéria, para além da complexidade logística superior. Adicionalmente, a refinaria da Libéria, uma vez que o equipamento é semelhante, funcionará como um espaço de formação profissional para a equipa da Refinaria de Cabinda se preparar antes do início das operações.
 
Quantas pessoas vão contratar ao todo? E quantas serão locais?
A refinaria de Cabinda vai criar 1.300 empregos diretos e indiretos, sendo que mais de 90% já são e continuarão a ser angolanos.

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