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A Ideia de Europa: O sonho deve ser sonhado novamente

A Europa é feita de cafetarias, de cafés. Estes vão da cafetaria preferida de Pessoa, em Lisboa, aos cafés de Odessa, frequentados pelos gangsters de Isaac Babel. Vão dos cafés de Copenhaga, onde Kierkegaard passava nos seus passeios concentrados, aos balcões de Palermo. […] Desenhe-se o mapa das cafetarias e obter-se-á um dos marcadores essenciais da ‘ideia de Europa’.”

Agora que estamos a poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, convém recordar o pensamento de um intelectual que, pelo menos quando escreveu este pequeno texto, acreditava na ideia de uma Europa com uma forte identidade cultural, e cujas idiossincrasias nacionais formavam um todo suficientemente coerente, identitário, agradável e facilmente reconhecível, independentemente do país de nascimento; uma Europa de filósofos, artistas e professores, onde um dia numa prisão estalinista pode ser aliviado ao escutar uns acordes de Bach; uma Europa em que a memória tem peso. 

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