Agora que estamos a poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, convém recordar o pensamento de um intelectual que, pelo menos quando escreveu este pequeno texto, acreditava na ideia de uma Europa com uma forte identidade cultural, e cujas idiossincrasias nacionais formavam um todo suficientemente coerente, identitário, agradável e facilmente reconhecível, independentemente do país de nascimento; uma Europa de filósofos, artistas e professores, onde um dia numa prisão estalinista pode ser aliviado ao escutar uns acordes de Bach; uma Europa em que a memória tem peso.