“Cada geração é chamada a refazer o mundo... mas, talvez, a tarefa maior seja evitar que o mundo se destrua”. Dirão que em todas as épocas esta frase de Albert Camus ressoa. Não vamos por aí. Antes queremos acreditar que Camus se sentiria impelido a completar a frase que nos provoca (interpela?) à entrada desta instalação audiovisual: “Estamos juntos porque...”. Em dois dias apenas a parede ficou povoada de frases que davam nexo a esta incompletude: “Estamos juntos porque... somos arquipélagos; somos mais do que a soma das partes; somos família; queremos sonhar; porque não queremos deixar ninguém para trás; porque juntos somos casa”. As frases, escritas numa miríade de caligrafias e em várias línguas, significam que a arte tem hoje, e sempre, o papel de nos confrontar, fazer pensar.
A explosão do sentir que juntos ‘somos casa’
O poder da palavra, os sentimentos que nos habitam, o papel de uma revolução, os anseios que ditam o presente e o futuro. Mikhail Karikis, artista greco-britânico a residir em Portugal, não é maestro mas orquestrou uma sinfonia de emoções com meia centena de jovens. Para ver e sentir, até 22 de setembro, no CAM Gulbenkian.
