Pintor e litógrafo, designer de posters e autor de curtas-metragens, o polaco Valerian Borowczyk (1923-2006), radicado em França a partir da década de 60, celebrizou-se nos anos 70 e 80 graças a uma série de filmes de longa-metragem em que o erotismo convivia com o fantástico, envolvidos numa atitude libertária, e que, se feitos hoje, valeriam ao seu autor acusações de sexismo e misoginia, e talvez levassem mesmo ao seu “cancelamento”: Contos Imorais (1973), O Monstro (1975), Freiras Perversas (1978), As Heroínas do Mal (1979), Dr. Jekyll e as Mulheres (1981) ou Emmanuelle 5 (1987) são alguns desses títulos. Nos 100 anos do seu nascimento, Borowczyk é um dos realizadores em destaque no 31.º Curtas Vila do Conde, festival que se estende de 8 a 16 de Julho e que vai mostrar um amplo programa das suas curtas-metragens documentais, de ficção e animadas.