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20 anos de depois a Turquia ensaia o futuro sem Erdogan

Apesar das alterações à Constituição, apesar dos desastres naturais, apesar da agenda internacional saturada, o atual presidente está longe, segundo as sondagens, de garantir mais uma reeleição. Tudo indica que só na segunda volta haverá uma decisão definitiva.

À medida a que se aproxima o dia das eleições presidenciais e parlamentares turcas – a 14 de maio e, caso seja necessário, com uma segunda volta a 28 de maio – consolida-se a possibilidade de o atual presidente, Recep Erdogan, estar prestes a dar por finda a sua longa carreira política. Depois do poder autárquico, Erdogan debutou como primeiro-ministro em 2003 e passou à presidência em agosto de 2014. Desde então, preocupou-se em transformar o regime parlamentar num híbrido mais próximo do presidencialismo – apesar de o referendo que permitiria a alteração da Constituição (em abril de 2017) ter mostrado um país principalmente dividido sobre a matéria. Mesmo assim, Erdogan tomou em mãos a condução do país tanto do ponto de vista interno como principalmente na agenda internacional – onde se tornou um dos mais incontornáveis estadistas do planeta, com ‘antenas’ em todos os continentes e uma palavra cujo peso só se reforçou com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia.

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