No final do século XX, derrubado o Muro de Berlim e desintegrada a URSS, a História parecia obedecer como que a leis físicas de evolução (o progresso do historicismo hegeliano), movendo-se num sentido irresistível: o triunfo da democracia liberal ocidental e subsequente expansão ao nível global. “O Fim da História e o Último Homem”, proclamou o cientista político nipo-americano Francis Fukuyama, em 1992.