Uma das poucas certezas que tanto o lado de Bruxelas como o de Londres tinham quando os britânicos votaram maioritariamente a favor do Brexit era que isso iria impor uma forte pressão sobre a fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte que, mais cedo ou mais tarde, resultaria no regresso dos conflitos entre o lado católico e o lado protestante. A única dúvida era saber quando é que a estreita margem entre tensão e violência iria ser ultrapassada. “Foi uma questão empurrada para a frente pela barriga”, declara ao JEo analista Francisco Seixas da Costa, para quem era evidente que a violência regressaria.