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vindimas 2020 Uma campanha atípica com final feliz

As vindimas deste ano foram atípicas, devido à intensificação das alterações climáticas, com chuvas e calores a despropósito, e consequente ataque de pragas, a que se somou a pandemia de Covid-19. Mas as expectativas apontam para uma produção de superior qualidade, mesmo que haja quebras de produção em algumas regiões. Leia o balanço de dezenas de produtores de norte a sul do país, incluindo os Açores e a Madeira, e de sete presidentes de Comissões Vitivinícolas Regionais. E espreite o que se está a passar em Champagne, com a Moët et Chandon.

Na Herdade do Mouchão, Alto Alentejo, distrito de Portalegre, concelho de Sousel, a vindima deste ano começou a 14 de agosto. Começou-se pelos brancos, nas castas Arinto e Verdelho, mas também nos tintos, com a Trincadeira, “que este ano estava mais fresca, mais airosa”, como nos confidenciou Hamilton Reis, enólogo da casa alentejana. Desde há cerca de três meses à frente dos destinos enológicos da Herdade do Mouchão, liderada por Iain Reynolds Richardson, após mais de dez anos onde deixou o seu testemunho impressivo nas Cortes de Cima, na Vidigueira, Hamilton Reis disse-nos em meados de setembro que “este ano vamos ter um pouco mais de quantidade de uva” em relação à vindima de 2019, em consonância com as perspetivas da CVR – Comissão Vitivinícola do Alentejo, que estimam um aumento de produção de cerca de 5% face ao ano passado.

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