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Unlock Boutique Hotels passa de 22 para 52 unidades e duplica a faturação em 2024

Em entrevista ao JE, Pedro Marques da Costa, diretor de operações e desenvolvimento da empresa revela a ambição de mais do que duplicar o valor de ativos em gestão para 150 milhões de euros. “Continuamos a apostar muito na região do Douro. Para nós é uma região estratégica e também o Alentejo", refere.

Depois do evento realizado em 17 janeiro onde apresentou um conjunto de novas iniciativas desde o novo site, às parcerias com a Samsonite, a Paez e a Fauchon a gestora de unidades hoteleiras Unlock Boutique Hotels aposta forte no ano de 2024, onde tem como objetivos integrar 30 unidades ao seu portfólio e mais do que duplicar a sua faturação face ao ano anterior.

Em entrevista ao Jornal Económico (JE) realizada durante a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), Pedro Marques da Costa, diretor de operações e desenvolvimento da Unlock, espera que este ano o valor de ativos sob gestão alcance os 150 milhões de euros com a região Centro e da Madeira a serem os principais alvos para novas unidades, além de manterem a aposta estratégica no Alentejo e Douro.

Para este ano o objetivo da Unlock passa por adicionar mais 30 novas unidades entre soft brand e arrendamento, mais do que duplicando assim o seu portfólio. “Neste momento já temos um sexto do objetivo cumprido e estamos com muito entusiasmo neste processo”, sublinhou Pedro Marques da Costa, realçando que está a ser feita uma “exploração muito intensiva”.

Pedro Marques da Costa anunciou ainda que a Unlock juntou mais uma unidade às atuais 21. “No sábado passado [24 de fevereiro] contratualizamos mais uma unidade no Algarve, onde temos o nosso resort na Serra de Monchique e para nós era fundamental termos uma outra oferta no Algarve. Aderiu uma nova unidade ligada ao agroturismo, com uma componente muito interessante ao nível de produção de vinho e de azeite no Algarve”, salientou, acrescentando que a mesma se situa na zona de Lagoa, encontrando-se a Unlock a negociar dois tipos de modelos: arrendamento e soft brand.

“No arrendamento estamos na fase final de encerrar negociações para a exploração direta de um modelo de full management na Madeira (uma propriedade) em Évora (duas unidades), no Minho e Douro (entre duas a três unidades). Nos Açores também estamos em negociações noutras ilhas e aí num modelo já não de arrendamento, mas de soft brand, onde estamos muito próximo de fecharmos na região Centro, nomeadamente na região de Fátima, de Tomar e de Castelo de Bode e depois à volta de Coimbra e igualmente também no Alentejo”, explicou.

Pedro Marques da Costa revelou que não está definido de uma forma objetiva quantas unidades pretendem no modelo de arrendamento e quantas querem para soft brand, dado que tudo passa pela relação que a Unlock estabelece com os proprietários e quais são efetivamente os seus objetivos.

“Para nós é exatamente igual entre ser arrendamento ou ser em soft brand”, salientou, realçando que a empresa é muito seletiva na adesão deste tipo de unidades porque que tem que ter exatamente este conceito de boutique hotel, de charme em que a classificação não tem que ser obrigatoriamente um hotel. “Pode ser um hotel rural, pode ser uma casa de campo. Tem é que ter uma característica regional de onde está sediada, um cuidado ao nível de toda a infraestrutura, da qualidade do espaço em si”, afirmou, realçando que dentro das 52 unidades existentes a Unlock está a trabalhar para uma grande concentração em toda a região Centro.

“Queremos que os clientes que estão a fazer connosco os circuitos de sete, 14 e 21 noites tenham a possibilidade de conhecer a região Centro de uma forma muito efetiva. Continuamos a apostar muito na região do Douro. Para nós é uma região estratégica e também o Alentejo. Estamos presentes em Grândola, Sousel, Évora, mas temos um outro Alentejo que para nós é muito rico e que é fundamental que o cliente que nos visita conheça”, apontou.

Olhando para a vertente financeira, a Unlock conta atualmente com 60 milhões de euros em ativos nas suas unidades e um valor superior a 12 milhões de euros de faturação ano, além de um conjunto de colaboradores que varia entre época baixa e época alta entre os 250 e os 400 trabalhadores.

O diretor de operações assumiu que neste campo o objetivo para este ano é “duplicar praticamente a coleção inicial que tínhamos há menos de um ano estamos a falar aqui muito provavelmente num universo de 150 milhões de euros em ativos que estarão sobre a nossa gestão”, acreditando que ao nível da faturação a Unlock irá estar muito próxima dos 30 a 35 milhões de euros.

“O trabalho que fazemos nas nossas unidades é ao longo de todo o ano. Se a adesão das unidades for avançando ao longo do ano, logicamente que a oportunidade de gerar receitas é diferente do que se integrarem no início do ano ou no segundo semestre”, realçou.

Em relação às nacionalidades o responsável da Unlock destaca que os clientes portugueses são um “excelente embaixador” da marca dentro do próprio território, mas que a empresa se posiciona muito em termos do mercado internacional, nomeadamente norte-americano, canadiano, América Latina, Norte da Europa “e neste momento também já com um impacto muito positivo em termos de Médio-Oriente e mesmo de Sudoeste Asiático”.

“A nível global e olhando para os números de 2023, o peso maior é do mercado internacional, com os Estados Unidos, a América Latina e com um peso muito grande do Brasil”, afirmou Pedro Marques da Costa.