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Um Tartufo em São Bento

As campanhas eleitorais, sabe-se, são uma sucursal da realidade. Esta volta dentro de momentos, depois de desligada devido por motivos técnicos.

Por estes dias, na política, só há uma coisa pior do que ser ridicularizado. É não ser relevante. No filme “Don’t Look Up”, uma comédia onde sorrimos porque temos pena dos excelentes atores que ali estão amontoados, tenta-se parodiar o mundo contemporâneo, em especial as inúteis instituições que nos tentam governar. Um meteorito vem a caminho da Terra e poderá acabar com o planeta e os norte-americanos perguntam-se o que fazem os russos e os chineses. Mas não os europeus. Estes tornaram-se irrelevantes. Ninguém fica espantado com isso. Todos temos a noção de que antes de uma decisão da Comissão Europeia, teria de se esperar pela sua convocação. Depois teríamos de contar uns dias até se conseguir uma unanimidade titubeante. Isto, claro, se os governos da Polónia e da Hungria (ou de outros países) não exercessem o direito de veto porque o meteorito poderia ser um indesejável migrante com telemóvel que não queriam dentro das suas fronteiras.

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