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"Sustentabilidade do sistema da Segurança Social deve ser algo que nos ocupa", diz ministra do Trabalho

Tanto o Bloco de Esquerda como a Iniciativa Liberal viram aprovados requerimentos para ouvir a ministra do Trabalho na Assembleia da República.

A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, esta quarta-feira que não compreende o alarmismo e a desconfiança gerados em torno do sistema de Segurança Social, dado que garantiu que os portugueses podem estar tranquilos, pois as reformas estão asseguradas.

"A sustentabilidade do sistema da Segurança Social deve ser algo que nos ocupa, mesmo que não deva preocupar-nos", disse Maria do Rosário Ramalho. Explicou ainda que a criação do novo grupo de trabalho apresentará "medidas concretas" com a intenção de alargar a análise das contas à Caixa Geral de Aposentações.

"As pessoas podem estar tranquilas, o FEFFS está perfeitamente adequado neste momento, portanto não deve haver qualquer razão para alarmismos", afirmou a ministra.

Além disso, a ministra do Trabalho vai ser ouvida na comissão parlamentar do Trabalho, Segurança Social e Inclusão, após a aprovação de requerimentos da IL e do BE, na quarta-feira. No requerimento da IL, o objetivo é ouvir a atual titular da pasta da Segurança Social, bem como os dois anteriores governantes que ocuparam o cargo, depois do Tribunal de Contas ter alertado que os relatórios sobre a sustentabilidade da Segurança Social têm falhas.

No projeto liberal consta que "estão refletidas um conjunto de considerações para as quais a IL tem vindo a alertar sistematicamente, muitas vezes de forma isolada, sobre a escassez de informações e avaliação do nosso sistema de Segurança Social, bem como a sua (in)sustentabilidade“.

Por outro lado, o projeto do Bloco de Esquerda pretende ouvir a ministra, de forma a que esta esclareça os objetivos e a agenda política do grupo de trabalho constituído para aprofundar a análise da sustentabilidade do sistema de Segurança Social.

O grupo a que se refere o Bloco de Esquerda entra em funções, formalmente, esta quinta-feira e é liderado pelo economista e professor da Universidade Nova Jorge Bravo, que também o Bloco quer que seja ouvido no Parlamento.

“A retórica do Governo, seguindo aliás os métodos do professor Jorge Bravo, pretende criar uma falsa ideia de que haveria um problema de sustentabilidade no sistema previdencial da segurança social, misturando para isso as contas da Segurança Social com a Caixa Geral de Aposentações”, defendem os bloquistas.