Quatro meses bastaram para AntónioCosta confirmar aquilo que vários antecessores não tardaram a descobrir: a pasta da Cultura tem uma capacidade de ‘ejetar’ ministros inversamente proporcional ao seu peso no Orçamento do Estado. Apesar de nem todos os primeiros-ministros lhe atribuírem ministério – Francisco JoséViegas e Barreto Xavier foram secretários de Estado de Passos Coelho –, trata-se da área governativa que mais ministros viu partir antes do final do mandato desde 2000.Foram cinco, com as ameaças de João Soares e o erro de casting de Castro Mendes a darem lugar à promoção de Graça Fonseca, reconduzida no atual Executivo.