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Rovensa contrata BNP Paribas para vender Ascenza Agro

Negócio : A antiga Sapec contratou o BNP Paribas para a assessorar no que promete ser a maior transação do próximo ano no setor agroindustrial em Portugal.

O grupo Rovensa, ex-Sapec, que foi comprado em 2020 pelo private equity suíço Partners Group por um valor que rondou os mil milhões de euros, pôs à venda a Ascenza Agro, uma empresa dedicada à proteção de culturas, apurou o Jornal Económico.

A Ascenza Agro tem receitas superiores a 76 milhões de euros e está em sete países.

O banco que foi contratado para assessorar a Rovensa no sell-side foi o BPN Paribas.

O negócio ascenderá a centenas de milhões de euros, segundo informações de quem conhece o processo, e promete ser a maior transação do próximo ano no setor agroindustrial em Portugal.

O grupo Rovensa comercializa produtos para a proteção de culturas, bionutrição e biocontrolo em mais de 80 países, com presença direta em 30 países. A Rovensa dispõe de fábricas, centros de investigação e laboratórios em França, Espanha, Portugal, Brasil e Irlanda.

O grupo que tem como CEO Eric van Innis é constituído pelas empresas Ascenza, Tradecorp, Idai Nature, OGT, SDP e Microquimica.

A Ascenza constitui o ramo de “Proteção de Culturas” e é um player independente de referência nos mercados sul-europeu e brasileiro em produtos não patenteados, beneficiando de uma posição de liderança na Península Ibérica.

Esta empresa é o pilar de proteção de culturas na Rovensa e opera em países do sul da Europa, além do México e do Brasil.

“Trata-se de uma referência off-patent diferenciada, com mais de 40 princípios ativos patenteados, reconhecida pelos produtos de alta qualidade e estreita relação com os clientes com soluções alternativas sólidas”, refere a empresa na sua página da internet.

O portefólio de Proteção de Culturas é também distribuído através da Selectis em Portugal e da Tradecorp em Espanha.

A Rovensa define-se como um grupo internacional com sede em Portugal e com operações em todo o mundo.

O grupo Sapec, que teve ligações ao Grupo Mello, foi fundado em 1926 e originalmente criado para explorar as minas de pirite a sul do Tejo, em Grândola. Rapidamente se integrou verticalmente na produção de adubos fosfatados, para em seguida alargar e desenvolver progressivamente as suas atividades de produção e de comercialização a outros fatores de produção para a agricultura.

Em 2017, vendeu o seu principal braço industrial por cerca de 456 milhões de euros ao fundo de private equity Bridgepoint. Nesse exercício, a Sapec Agro Business, que passou a chamar-se Rovensa em 2019, registou vendas de 233 milhões de euros.

Já em 2020, o fundo Bridgepoint vendeu o controlo da Rovensa a outro private equity, o Partners Group, um dos maiores do mundo, numa operação avaliada em cerca de mil milhões de euros, com o objetivo de tornar o grupo um parceiro global de referência na agroindústria. Na altura, o grupo suíço contou com a assessoria jurídica da Cuatrecasas.