Eternamente suspeito de envolvimento na vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016, o regime russo é uma ‘espinha’ cravada na administração democrata de Joe Biden que mais cedo ou mais tarde acabaria por ser um problema. Foi mais cedo, e as relações entre os dois países degradaram-se visivelmente nas últimas duas semanas. É um problema latente, “porque a Rússia não está interessada em deixar de ser um contraponto aos Estados Unidos”, vaticina o analista Francisco Seixas da Costa – para quem o problema reside na agenda do presidente russo, Vladimir Putin, que, conseguindo eternizar-se no poder por mais uma década, tem uma visão de longo prazo da geopolítica que importa ao Kremlin.