Foi anunciada pelo Governo em pleno verão como uma reforma "profunda" da legislação laboral, e até considerada uma "boa base" para a negociação para as confederações patronais, mas o anteprojeto apresentado aos parceiros sociais está longe de convencer o Partido Socialista (PS). Pelo contrário, o partido liderado por José Luís Carneiro vê nas cerca de cem propostas de alteração ao Código do Trabalho "uma ofensiva em larga escala" e uma espécie de regresso ao período da Troika, que promete combater no Parlamento.
Reforma laboral é "ofensiva em larga escala" que PS quer travar
As mudanças na legislação laboral que o Governo quer levar avante não agradam aos socialistas e algumas medidas, nomeadamente o fim das faltas por luto gestacional e os limites na amamentação, têm chumbo à partida por serem "um recuo" de direitos. Em declarações ao Jornal Económico, o deputado e dirigente do PS Miguel Cabrita acusa a AD de ter escondido as propostas dos eleitores e afirma: "Não se faz uma reforma de cem artigos das leis laborais em dois meses. Já estava preparada e foi escondida dos portugueses."
