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Quedas no petróleo marcam o dia e fazem crer no recuo das taxas de juro

O mercado petrolífero teve um forte escorregão esta segunda-feira, com o barril de crude a tombar mais de 4% quando terminou a sessão de segunda-feira. A queda no preço deverá ajudar na desinflação, formando maior incentivo para que os bancos centrais façam baixar os juros.

A bolsa de Lisboa recuou 0,85% na sessão desta segunda-feira, até aos 6.478,25 pontos, num dia fortemente marcado pelas mexidas observadas no mercado petrolífero.

Este panorama levou a que a petrolífera Galp fosse a cotada que mais tombou no PSI, ao resvalar 3,58%, até aos 13,89 euros por título. Seguiu-se a Mota-Engil, que recuou 2,46% e ficou-se pelos 4,355 euros, ao passo que a EDP Renováveis resvalou 1,89%, para 17,34 euros. Em sentido contrário, o maior ganho foi da Jerónimo Martins, na ordem de 0,81%, até aos 22,44 euros.

No mercado petrolífero, o barril de Brent estava a cair 3,76% aquando do término da sessão de segunda-feira, até aos 75,78 dólares. Em simultâneo, o recuo registado no crude é superior, na ordem de 4,53%, de tal modo que está a ser negociado em 70,47 dólares por barril, na sequência de uma decisão de corte nos preços por parte da Arábia Saudita.

Na sequência do aumento da produção da OPEP, que visa fazer face às tensões ligadas à escalada do conflito no Médio Oriente, aquele que é o principal país produtor optou por fazer reduzir os preços, numa medida que gerou baixas acentuadas e colocou o barril a ser negociado ao preço mais baixo registado em mais de dois anos.

Estas são variações que deverão contribuir para fazer baixar as pressões inflacionistas, pelo que geram um aumento da crença dos investidores na redução das taxas de juro por parte dos bancos centrais. Nesse sentido, as quedas acentuadas que se registaram nos mercados petrolíferos contribuíram para os ganhos das principais bolsas europeias, de tal modo que todas elas terminaram as negociações em terreno positivo, à semelhança do índice de referência Euro Stoxx 50.

Entre os principais índices europeus as sensações são bem distintas, já que todos sobem, liderados pela Alemanha, cujo índice DAX avançou 0,73%, depois de revelados dados referentes à balança comercial de bens alemã. Os mesmos demonstram que as exportações daquela economia ganharam um novo ímpeto e em novembro cresceram como não se via desde fevereiro.

Seguiu-se o índice agregado Euro Stoxx 50, em 0,46%, Espanha, com uma subida de 0,44%, Itália, que ascendeu aos 0,41% e ainda França, ao avançar 0,40%. O Reino Unido registou uma subida mais ténue, na ordem de 0,06%.