Skip to main content

Putin quer economia russa no top mundial dentro de um ano

O presidente russo instruiu o governo a garantir a entrada da Rússia nas quatro maiores economias do mundo em termos de PIB em paridade de poder de compra. Dentro de um ano fará uma avaliação dos resultados.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, quer que a economia do país este o mais tardar dentro de um ano no top 4 das economias do globo e instruiu o governo para proceder nesse sentido. Segundo a agência TASS, o governo deve informar o chefe de Estado sobre o progresso das medidas até 31 de março de 2025 e, em seguida, fazer relatórios anuais sobre o desenvolvimento no plano.

Em particular, o presidente instruiu o governo a aumentar o nível de valor acrescentado bruto (VAB) na indústria transformadora em pelo menos 40% até 2030 face a 2022; reduzir a quota das importações para 17% do PIB; e aumentar as exportações não energéticas em pelo menos dois terços. O governo também deve reduzir gradualmente o número de regiões com baixa capacidade fiscal, diz o texto do decreto.

Para promover este ‘salto’ económico, o Banco da Rússia, o banco central, está a ponderar a forte possibilidade de proceder ao corte das taxas diretoras. Os participantes numa reunião do conselho de administração do banco central “discutiram mais a fundo o rumo da evolução da situação para a possível redução das taxas básicas. Na opinião dos participantes no debate, a redução requer uma desaceleração mais estável da inflação corrente, o arrefecimento do crédito ao consumo e da atividade de consumo e a redução da resistência do mercado de trabalho.

O novo plano económico pressupõe, segundo os analistas, um novo quadro de relações externas com os países asiáticos – e principalmente com a China. Com o Império do Meio a pretender crescer já este ano cerca de 5%, a sua atividade será principalmente exportadora, o que pode colidir com as pretensões da Rússia. Por outro lado, afirmam as mesmas fontes, a indústria russa não é propriamente conhecida pela sua farta capacidade de produção de bens transacionáveis. Ou seja, o aumento proposto por Putin para aumentar as exportações não-energéticas parece poder ‘esbarrar’ facilmente com a economia real.

Nesse quadro, o presidente do Conselho Económico da federação e vice-primeiro-ministro russo, Alexey Overchuk, presidiu a mais uma reunião do Conselho Económico Conselho da Comunidade de Estados Independentes em Moscovo este fim de semana. Os participantes abordaram “uma vasta gama de questões de cooperação económica e comercial entre os Estados-membros.

Em 2024, a Federação Russa preside a Comunidade de Estados Independentes. “A nossa presidência tem como foco o aprofundamento da cooperação económica, principalmente nos domínios da segurança alimentar, tecnológica e energética, transporte e logística, proteção ambiental, inovação, digitalização e fortalecimento da cooperação industrial”, disse Alexey Overchuk, citado por comunicado oficial do Kremlin.

O vice-primeiro-ministro sublinhou que a cooperação na plataforma da CEI continuará a ser prioridade fundamental para a Federação Russa. “Acredito que é importante continuar o trabalho coordenado para desenvolver a capacidade económica e industrial e formar novos formas de cooperação mutuamente benéficas”, disse Alexei Overchuk.