Os investidores irão vigiar de perto as exportações, durante esta earnings season, procurando por sinais de que o crescente protecionismo global começou a prejudicar os planos de investimento e as perspetivas das empresas. Apesar de se esperar um crescimento generalizado das receitas superior ao do primeiro trimestre, também se aguarda alguma volatilidade para os setores mais sensíveis ao comércio internacional, como o setor automóvel e a indústria em geral. Neste ano, os investidores já retiraram 29,4 mil milhões de dólares que estavam alocados a fundos europeus, enquanto as ações nos Estados Unidos mantiveram-se com uma perspetiva melhor, com uma saída de apenas 18,2 mil milhões, de acordo com a EPFR – um fornecedor de fluxos de fundos e de alocação de ativos. Isto deve-se ao facto de os dados macroeconómicos não revelarem em concreto o viés atual e ao retorno do risco político. As empresas norte-americanas, por outro lado, têm vindo a gerar receitas extraordinárias, impulsionadas pelo corte de impostos. Portanto, esta próxima temporada de divulgações de resultados é crucial para a Europa; a esperança é que lucros mais altos possam fazer regressar capitais à região, onde as avaliações das cotadas parecem ser relativamente atraentes.