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Promotores imobiliários reclamam mais linhas do Banco de Fomento para casas 'verdes'

Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) acredita que a sustentabilidade na habitação vai trazer mais disponibilidade de financiamento vindo da Europa. "O Banco de Fomento tem de servir para trazer mais dinheiro aos portugueses, mais dinheiro para a construção de casas ‘verdes’ baratas", refere.

A sustentabilidade na habitação é cada vez mais uma realidade e uma exigência dos investidores institucionais ou particulares. Contudo, os critérios de eficiência energética são também eles um sinal de elevado custo na hora de comprar casa. É precisamente a pensar neste item que a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII) lança um apelo para que sejam criadas mais linhas de financiamento 'verdes'.

"O Banco de Fomento tem de servir para trazer mais dinheiro aos portugueses, mais dinheiro para a construção de casas ‘verdes’ baratas. Temos que ter mais linhas de financiamento bonificadas ‘verdes’ para construirmos mais casas ‘verdes’ e mais baratas. É isto que temos de exigir", refere ao Jornal Económico (JE), Hugo Santos Ferreira, presidente da APPII.

O líder dos promotores imobiliários defende a necessidade de um mercado pujante de greenbonds, algo que já é uma realidade no estrangeiro, como por exemplo em Espanha, onde tem gerado milhões de euros à promoção imobiliária para fazer mais casas ‘verdes’ através de um mercado obrigacionista ‘verde’.

"Sem financiamento não vamos ter a possibilidade de termos casas, nomeadamente no segmento residencial e habitacional para as classes médias e mais baixas", afirma Hugo Santos Ferreira, chamando também a atenção para a dinamização do mercado de greenbonds privado, sem esquecer o PRR.

"O PRR que significa Plano de Recuperação e Resiliência visa exatamente tornar a economia e as empresas mais resilientes. Ora, um país não é resiliente sem um mercado de capitais dinâmico e pujante", salienta.

De resto, o presidente da APPII considera que a sustentabilidade e o facto dela vir a ser uma obrigatoriedade num curto de espaço vai gerar oportunidades, que por sua vez vão exigir uma mudança. "Será uma questão de tempo, vai trazer mais disponibilidade de financiamento, nomeadamente vindo da Europa para fazer a reconversão dos nossos ativos para construirmos mais ‘verdes’", realça.