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Privatização do BFA começa em setembro, confirma Estado angolano

“Estamos a falar da maior operação já realizada na BODIVA, um marco que vai colocar Angola no radar dos grandes investidores internacionais, mas também abrir portas para milhares de pequenos investidores nacionais”, afirmou esta quarta-feira o Presidente do Conselho de Administração do IGAPE, Álvaro Fernão.

venda em bolsa do Banco de Fomento Angola (BFA), que deverá render mais de 200 milhões de euros aos cofres públicos, avança no próximo mês, confirmou o Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE).

Inicialmente prevista para junho, aquela que será a “maior operação já realizada” na bolsa de Luanda contempla 29,6% do capital do banco, sendo que o Estado vende 15% através da Unitel e o BPI 14,6%.

“O IPO do BFA será em setembro e marcará um momento histórico para o nosso mercado de capitais. Estamos a falar da maior operação já realizada na BODIVA, um marco que vai colocar Angola no radar dos grandes investidores internacionais, mas também abrir portas para milhares de pequenos investidores nacionais se tornarem acionistas de um dos maiores bancos do país”, afirmou esta quarta-feira o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do IGAPE, Álvaro Fernão.

A confirmação do período de oferta pública foi feita à margem da segunda reunião ordinária da Comissão Nacional Interministerial do Programa de Privatizações (CNI-PROPRIV), que decorreu esta quarta-feira, em Luanda, que deu luz verde ao cronograma de privatizações até dezembro do próximo ano.

A privatização de 15% da participação do Estado angolano – com 1% reservado aos trabalhadores da instituição – no BFA foi anunciada em março, através de decreto presidencial. A Unitel detém atualmente de 51,9% do capital social do BFA, enquanto o Banco BPI detém 48,1%.

Do lote de privatizações em bolsa deste ano constam, ainda, o Standard Bank, a mesma operadora móvel e a TV Cabo.

De janeiro a junho, foram privatizadas a Fábrica de Cimento Cif, avaliada em 180 mil milhões de kwanzas, a Unidade de Montagem de Automóveis na Zona Económica Especial, a Cervejeira Bela e um supermercado, num valor global de 200 mil milhões de kwanzas.

“Neste momento, alguns desses ativos encontram-se em fase de arranque. A fábrica de automóveis tem o início das operações previsto para Novembro deste ano, com a perspectiva de gerar mais de mil postos de trabalho. Já a fábrica de cimento emprega atualmente entre 900 e mil trabalhadores, número que deverá continuar a crescer. Esperamos que estes empreendimentos mantenham uma trajetória positiva, contribuindo de forma significativa para o aumento do PIB nacional”, explicou Álvaro Fernão, à margem da mesma reunião.

No âmbito do PROPRIV, o Governo angolano contratualizou, entre 2019 e 2024, em torno de um bilião de kwanzas (cerca de 960,2 milhões de euros), tendo arrecadado 640 mil milhões de kwanzas (614,5 milhões de euros) com a privatização de 103 ativos.