Rui Malvarez está em cena no Teatro Villaret, em Lisboa, com o seu one man show “Passei à História”. Até aqui tudo normal, pensa-se. Contudo, Malvarez nunca fez dos palcos vida, nem tampouco sabe se continuará a fazer. No dia em que fala com o Jornal Económico, na plateia vazia do teatro lisboeta, vai a meio deste introspetivo grito de Ipiranga que o levou a largar uma carreira bem estabelecida no mundo da produção em prol da vida artística. O espetáculo de estreia já está, garante-nos. “Por isso é que só vos convidei para a segunda data”, brinca, não acontecesse ser escorraçado do palco ao ritmo de vaias e tomates podres. Ou, pior, que ninguém lhe achasse piada. O medo era real, admite, e não há por que fingir que não. Mas correu bem. As duas primeiras datas esgotaram e a terceira - e até ver última - nesse sentido caminha.