“As consequências de um desfasamento entre os custos estimados inicialmente e valores muito superiores resultantes de preços muito inflacionados das matérias-primas, poderá, desde logo, comprometer a realização atempada dos trabalhos planeados e até a execução das obras”. A afirmação é deManuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), em declarações ao Jornal Económico (JE), alertando que este problema já está identificado a nível global e que pode colocar em causa a esperada retoma económica. “Em Portugal é necessário assegurar soluções equilibradas, que possam mitigar esta situação”, refere, dando como exemplo, as obras do Metropolitano de Lisboa, para as quais o Governo já aprovou um aumento muito significativo da despesa para fazer face às alterações verificadas no mercado da construção, “assumindo a manifesta insuficiência dos valores anteriormente autorizados, é um sinal positivo de reconhecimento público desta realidade e que deverá ser transversal à generalidade das obras”, frisa.