Skip to main content

Preços das casas aumentaram 7,7% nos últimos 12 meses

Início das descidas de juros e a entrada em vigor das medidas públicas dirigidas a este setor, especialmente as que mais afetam os jovens, tiveram efeitos positivos sobre a procura, destaca analista.

Os preços das casas registaram um aumento de 7,7% em agosto face ao período homólogo do ano anterior, tendo a nível mensal verificado uma ligeira subida de 0,9%, de acordo com os dados revelados pelo Sistema de Informação Residencial (SIR) da Confidencial Imobiliário esta terça-feira. De resto, estes dois valores são superiores ao que se verificou em julho (homóloga 7,5%) e mensal 0,1%.

Entre junho e agosto foram vendidos 34.500 fogos em Portugal Continental, mais 3,3% do que o registado no trimestre anterior, por um preço médio de 2.456 euros/m2. A Área Metropolitana de Lisboa é a região mais cara, com vendas a uma média de 2.937euros/m², seguida pelo Algarve, com um preço médio de 2.882 euros/m² e a Área Metropolitana do Porto (AM Porto), com as vendas num valor médio de 2.372 euros/m².

No que diz respeito ao número de transações realizadas entre junho e agosto, os dados da Confidencial Imobiliário apontam para um total 34.500 fogos vendidos, mais 3,3% do que os 33.400 contabilizados no trimestre anterior, invertendo a tendência do início do ano (-3,1%), com o segundo trimestre a colocar de novo as transações de casas em terreno positivo, com um aumento trimestral de 5,1%.

"Naturalmente que uma melhoria da conjuntura, com o início das descidas de juros e a entrada em vigor das medidas públicas dirigidas a este setor, especialmente as que mais afetam os jovens, tiveram efeitos positivos sobre a procura, o que é visível no aumento das vendas", refere Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.

No período em análise as vendas aumentaram em todas as regiões de Portugal Continental, com crescimentos de 3,2% na Área Metropolitana de Lisboa (10.275 fogos) e no Algarve (2.500 fogos), e de 3,8% na Área Metropolitana do Porto (5.800 fogos), relativamente à atividade registada no segundo trimestre.

"Os primeiros meses do ano foram marcados por uma relativa instabilidade. Por um lado, apesar de não subirem, as taxas de juro tiveram um comportamento mais conservador do que o previsto e demoraram a descer. Por outro lado, ao nível doméstico, houve um aumento da incerteza não só fruto do quadro de eleições vivido como, mais tarde, sobre como e quando chegariam ao mercado as novas medidas políticas para o setor. Este contexto acabou por condicionar as decisões da procura, levando ao adiamento de investimentos e travando a recuperação da procura", explica o diretor da Confidencial Imobiliário.