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“Portugal? Língua é uma vantagem mas não chega”

Ideia foi defendida por N’Gunu Tiny, CEO do Grupo Emerald. Este empresário considera que Portugal deve ter uma estratégia de longo prazo para África.

Em 2080, três em cada dez pessoas vão estar em África. Assim, a oportunidade é evidente e daí que seja importante que os países construam estratégias de longo prazo no continente africano. E se Portugal considera que a língua pode constituir uma vantagem que dispensa qualquer tipo de estratégia, vai cometer um erro. A reflexão foi deixada pelo empresário N’Gunu Tiny, CEO do Grupo Emerald, no painel “Desafios e oportunidades no mercado africano”. “Angola oferece hoje a Portugal uma plataforma única e estável de acesso ao continente”, afirmou, deixando contudo, o alerta de que Portugal tem de ter uma estratégia de longo prazo para África, e onde a questão da língua é uma vantagem, mas não chega. É necessário criar instrumentos que facilitem a troca de capitais entre Portugal e Angola, tal como acontece entre os países europeus”, referiu. Sobre a complementariedade económica, o CEO destacou o facto de Portugal ter acesso ao mercado europeu, algo que “traz uma estabilidade e confiança únicas”, enquanto Angola tem recursos naturais e está a viver “um bom momento de crescimento económico”, salientando que Portugal tem também uma experiência setorial relevante, dando o exemplo de áreas como a construção.

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