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"Portugal e Angola têm de analisar património de Isabel dos Santos"

Entrevista a Benja Satula, professor da Universidade Católica de Angola e especialista em legislação anti-corrupção.

O presidente de Angola, João Lourenço, já dispõe de nova legislação para avaliar a situação dos empresários, famílias e grupos que constituíram conglomerados económicos fora do país, possibilitando o escrutínio dos ativos que foram construídos ilegalmente no estrangeiro. Benja Satula é um dos principais juristas angolanos, professor da Universidade Católica de Angola e especialista na legislação de combate ao branqueamento de capitais e à corrupção, um tema que em Africa assume proporções trágicas pelas consequências nefastas que tem causado à sociedade e ao Estado. Benja Satula esteve em Lisboa e deu uma entrevista ao Jornal Económico, onde explica que deixou de ser advogado de José Filomeno dos Santos, filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos. Admite que Angola já tem condições para erradicar a impunidade e adotar medidas eficientes contra a corrupção e que a situação das empresas de Isabel dos Santos pode ser avaliada com serenidade e ponderação pelos Governos de Portugal e de Angola, para aferir se são situações lícitas, ou não. Benja Satula refere que os estudos da Universidade Católica estimam em cerca de 80 mil milhões de dólares o valor que foi retirado ao investimento que deveria ter sido feito em Angola entre 2002 e 2014, defendendo que deverá ser parcialmente repatriado.

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