O movimento estudantil pró-Palestina cresceu esta semana, chegando a cada vez mais universidades nos EUA e fora do país – alastrando a França, Turquia, Japão, Espanha, Alemanha, Irlanda ou Reino Unido, entre outros. Perante a onda de reivindicações dos estudantes, que pedem no imediato o desinvestimento em empresas ligadas ao Estado israelita ou ao sector militar, as administrações de universidades como Brown anunciaram conversações para tal, ao contrário de outras instituições como Columbia, NYU ou Northwestern.
Em Columbia e UCLA, os manifestantes acabaram expulsos pela polícia após uma violenta carga, levando centenas de pessoas detidas. Na primeira declaração pública sobre este assunto, o presidente Biden falou em “caos” e em manifestações violentas, apesar de os estudantes rejeitarem as acusações.
No que respeita ao conflito no terreno, o Hamas deverá responder até ao fim-de-semana à proposta de cessar-fogo temporário de seis semanas enviada por Telavive, uma proposta que os EUA têm pressionado o movimento palestiniano a aceitar. O acordo em cima da mesa não contempla o fim da ofensiva israelita, que retoma após este período.
Com o Estado de Israel pressionado pela investigação por genocídio em Haia, o primeiro-ministro Netanyahu procura defender-se da possibilidade de mandados de captura internacionais, como sucedeu com Putin após a invasão da Ucrânia. Também o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o porta-voz do exército arriscam mandados por crimes de guerra, isto numa altura em que Telavive garante que irá avançar sobre Rafah, onde 1,3 milhões de pessoas se refugiaram, seguindo ordens israelitas.
Os bombardeamentos na zona sul do enclave mataram pelo menos 40 pessoas esta semana e o chefe da ONU, António Guterres, já avisou que um ataque a Rafah seria “uma escalada intolerável”.