“Poderá haver movimentos de concentração ou fusão na banca em Angola”, admite, em entrevista exclusiva ao Jornal Económico, o presidente da Comissão Executiva do BFA, Luís Roberto Gonçalves. Assumindo-se como responsável pelo maior banco comercial angolano – cujos acionistas são o Grupo BPI, com 48,1%, e a Unitel, com 51,9% –, acredita que o BFA conseguirá chegar aos três milhões de clientes em Angola, financiando a agroindústria, os projetos de mineração e os investimentos nas energias renováveis, além de ser o atual líder das operações no mercado de dívida pública. Em 2020, o ativo total do BFA cresceu 31%, o produto bancário aumentou 30,7% e os recursos de clientes aumentaram 38,8%, segundo dados do banco, apresentando um resultado líquido de 89.848,6 milhões de kwanzas (cerca de 116,4 milhões de euros) em 2020, o que representa uma redução de 25,1% face a 2019. “Esta redução é motivada pelo registo de 70 milhões de dólares em imparidades com ativos de títulos e crédito, na sequência da revisão em baixa do rating da dívida soberana de Angola”, explica o banco.