Foi nos últimos dias de maio passado que tudo mudou: pela primeira vez desde 2017 os socialistas espanhóis (PSOE) eram ultrapassado nas intenções de voto pelo rival Partido Popular (PP), na altura já liderado pelo galego Alberto Núñez Feijóo. Era a constatação de dois factos, ambos perniciosos para o futuro político de Pedro Sánchez, chefe do governo e líder do PSOE: a estratégia de união do PP em torno de um líder apoiado por (quase) todos, mesmo que a custo de vários egos, estava a resultar; e os espanhóis demonstravam ter esgotado a sua paciência para as lutas entre os socialistas e os seus parceiros de coligação, o Unidas Podemos (a versão espanhola da geringonça).