A Papiro passou a ter o seu serviço de recolha, transporte e entregas personalizadas de encomendas ou documentação confidencial, disponível nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, com expedição assegurada em 24 horas, desde maio. Agora, está a ser ponderada a existência de uma equipa fixa nas regiões autónomas, que seja ajustada ao volume de entregas.
O alargamento da atividade a Madeira e Açores é explicado pelo CEO da empresa, Luís Bravo, pela lógica de oferta que englobasse todo o território nacional.
Com o alargamento das entregas às regiões autónomas a Papiro espera “uma maior facilidade” de entrega para o cliente final, refere Luís Bravo ao Económico Madeira.
“Somos uma empresa com excelentes relações de confiança com os nossos clientes, permitindo este alargamento de rotas por parte da Papiro assegurar um fornecedor único no que diz respeito às entregas de documentos e outros volumes. Temos a expetativa de diversificar o portefólio de clientes que procuram uma solução que contemple entregas urgentes nas regiões autónomas”, explica.
Bravo refere que “não faz sentido” para a Papiro ter um serviço de entregas a nível nacional que não abranja as regiões autónomas, “quer pelo serviço global que queremos ter, quer pelas necessidades que verificamos no mercado”.
O investimento que será realizado para alargar os serviços às regiões autónomas, inclui a contratação de transporte via aérea todos os dias de modo a garantir “um serviço diário e sempre disponível”.
O próximo passo é ter uma equipa fixa. “Neste momento, as entregas são feitas através de uma parceria, mas perante os bons resultados estamos a analisar o reforço da equipa”, diz.
“As entregas em 24 horas são garantidas para a Madeira e ilha de São Miguel, nas outras ilhas temos uns períodos ligeiramente mais alargados. O transporte é feito através de recolha até às 16h00 do continente, transporte aéreo nesse mesmo dia e entrega no dia seguinte nessas ilhas. O mesmo nível de serviço é aplicado ao transporte das regiões autónomas para o continente”, diz o CEO da empresa.
Luís Bravo aponta que a pandemia e a guerra na Ucrânica provocaram alterações. Primeiro, a pandemia “aumentou consideravelmente” a necessidade de entregas rápidas, tendo em conta que “todos estavam em casa e as vendas online cresceram de forma acentuada, o que de certa forma teve um efeito positivo no mercado de entregas rápidas”. Com a guerra, o efeito foi contrário, devido a fatores como o “aumento significativo” do preço do combustível e por um “maior risco de entregas no mercado internacional pelos problemas logísticos que foram criados de imediato após o início da guerra”.
O efeito do preço dos combustíveis, e maiores custos de aqiuisição e manutenção de viaturas, assimcomo o encarecimento dos dos custos com pessoal, acabaram por ter um reflexo imediato no negócio.
Luís Bravo salienta que a empresa está a tentar refletir no preço dos clientes “esse forte aumento”, mas admite não o conseguir fazerna totalidade.
Diz, também, que se nota a existência de “uma consciência no mercado” desta situação que espera que “seja extraordinária”. E finaliza que o atual período de instabilidade é encarada como “ideal para inovar e reinventar os serviços”.