São 336 políticos – entre os quais três portugueses e 35 atuais ou antigos líderes mundiais – de mais de 90 países e territórios e 956 empresas envolvidas em paraísos fiscais. É este, grosso modo, o balanço de mais uma infindável resma de documentos que, juntando-se aos Panamá e aos Paradise Papers, tomou o nome de Pandora Papers. A origem é a mesma: os paraísos fiscais que abundam um pouco por todo o lado. Mas qualquer coisa parece estar a mudar. Segundo o analista Francisco Seixas da Costa, “a questão dos paraísos fiscais – que são operações de natureza legal – fizeram com que, no quadro da crise financeira de 2008, surgisse uma onda muito forte de deslegitimação de operações financeiras que vão para determinados países”.
Pandora Papers vêm aumentar pressão pública sobre os decisores políticos
Com um número elevado das operações enquadradas nos paraísos fiscais a não terem nada de ilegal, mas a corroerem uma parte da democracia, só a pressão da opinião pública fará com que os ‘offshores’ deixem de singrar sem controlo.
