Há muitos anos um “cartoon” resumia o estado da nação. Num combate de boxe entre os dois líderes políticos da altura, o árbitro pronunciava as palavras rituais: “Que ganhe o melhor!” E o público gritava: “Não! Que ganhe o outro!” A poucos dias das eleições, enquanto se regateiam os votos, o país ensonado divide-se. Uns querem que ganhe o “melhor”, seja o doutor António Costa ou o doutor Rui Rio. Outros querem que ganhe o “outro”, seja o doutor Costa ou o doutor Rio. Tudo os divide: uns estão desiludidos com um; outros estão iludidos com o outro.