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Obrigações do tesouro penalizam ações

Nem o conflito Israel-Hamas travou queda dos preços das obrigações do tesouro dos EUA. Obrigações soberanas dos EUA a caminho da terceira perda anual consecutiva.

O atual conflito no Médio Oriente tem incentivado a procura por ativos refúgio, tendo a cotação do ouro valorizado consecutivamente desde o dia 7 de outubro, somando um ganho de 7,5%. No entanto, as obrigações do tesouro norte-americanas, tidas como um porto seguro de excelência, apesar de terem valorizado logo nos primeiros dias que se seguiram ao ataque do Hamas, esta semana regressaram às fortes perdas, tendo o rendimento do tesouro dos EUA a 10 anos alcançado os 4,98%, o valor mais elevado desde julho de 2007, acabando por penalizar também o desempenho das ações, sobretudo das que têm maior duration. Como resultado, as obrigações soberanas norte-americanas estão a caminho da terceira perda anual consecutiva, um acontecimento sem precedentes. No início do ano, as apostas de que os aumentos das taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA destinados a controlar a inflação causariam uma recessão e, consequentemente, uma recuperação das obrigações do tesouro, redundaram num dececionante insucesso para os investidores que nela acreditaram, com uma economia resiliente dos EUA a reforçar a defesa de taxas de juro mais elevadas durante mais tempo (‘higher for longer’).

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