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O “voto útil” no PS tornou-se obsoleto no pós- “geringonça”?

Quebrado o tabu das alianças interpartidárias à esquerda, o “voto útil” poderá soçobrar. A conquista de uma maioria parlamentar (à esquerda ou à direita) é mais importante do que ser o partido mais votado.

Desde que o BE e o PCP ajudaram o PS a derrubar o Governo de coligação PSD/CDS-PP em 2015, viabilizando depois um novo Governo do PS sustentado em acordos bilaterais de incidência parlamentar, os bloquistas e os comunistas têm difundido a ideia de que o “voto útil” no PS deixou de fazer sentido. Ou seja, os eleitores mais próximos do BE e do PCP já não precisam de votar no PS para impedir que o PSD ganhe eleições legislativas e forme Governo (com ou sem o CDS-PP). No pós-”geringonça”, todos os votos no BE e no PCP contam para a formação de uma maioria parlamentar de centro-esquerda e esquerda, ao contrário do que sucedia anteriormente, quando esses dois partidos permaneciam excluídos do denominado “arco da governação”.

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