Skip to main content

“O que se passa em Gaza será um risco de segurança para israelitas e europeus”

eurodeputado não é um recém-convertido à importância da União Europeia. Sorte ou azar, chegou a Bruxelas no período mais difícil da UE. As ameaças são graves: Guerra na Ucrânia, ofensiva russa, tarifas trumpianas e a perda de competitividade empresarial. Bugalho junta outras duas: o fim dos apoios americanos em Àfrica pode trazer uma crise migratória e sanitária... em simultâneo. E a destruição de Gaza terá consequências.

A União Europeia (UE) atraves-sa uma crise existencial?
Talvez não seja exagerado dizê-lo. Um dos principais pressupostos em que assentava a sua estabilidade, a solidariedade transatlântica e o papel dissuasor da NATO, está a ser crescentemente posta em causa. Quando a principal potência militar mundial e maior aliado dos Estados-membros da UE passa a tratá-la com desconfiança, há sérios motivos para preocupação. A UE ganhou o prémio Nobel da Paz em 2012 pelo seu contributo para a paz e reconciliação do continente europeu, mas sem a NATO esta dificilmente teria sido capaz de resistir ao comunismo soviético no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, nem teria tido a capacidade agregadora e de atração suficientes para a estruturação de um projeto e de um modelo económico, social e político tão ambicioso como o que hoje temos. Diria que a crise, para usar o seu termo, tem a ver com sentirmo-nos hoje um pouco mais sós no mundo. Mas não lhe chamaria existencial. 74% dos europeus acreditam que o seu país beneficia da pertença europeia.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico