Há 23 anos, no discurso do 10 de junho de 1997, o escritor António Alçada Baptista, em cerimónias havidas na Covilhã, sua cidade natal, perguntava-se e bem se ainda fazia sentido uma letra do hino nacional tão bélica. Disse-o assim: “A própria letra do hino nacional não me parece adequada à nossa civilização, não pode ter nenhum eco no coração da juventude evocar a vitalidade da Pátria, gritando ‘às armas’ e propondo-nos ‘marchar contra os canhões’”. Disse-o 23 anos depois de Abril.