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Nuno Amado: O banqueiro que lidera por consensos

O presidente do Millenium BCP, banco que este mês comemorou 30 anos em bolsa, foi jogador de basquetebol em Torres Vedras. Organizador do jogo da sua equipa aprendeu conhecimentos preciosos para vingar na banca. Nas reuniões de trabalho é objetivo e focado nos números. Os amigos destacam a humildade e a discrição.

Nuno Amado foi jogador de basquetebol no clube Física de Torres Vedras. Como base, organizava o jogo da sua equipa, procurava consensos e certificava-se que cada um desempenhava bem a sua função em campo. Uma aprendizagem preciosa para a vida profissional. Na consultoria ou na banca liderou grandes equipas e alcançou os objetivos a que se propôs.
O gestor, de 60 anos, frequentou o liceu de Torres Vedras, onde foi um bom aluno. Só depois veio para Lisboa, onde estudou gestão de empresas no ISCTE. Começou por trabalhar na área da auditoria, em 1980, na atual KPMG, tendo, passados cinco anos, ingressado na banca, na altura, na banca estrangeira, no City Bank, quando se deu a liberalização desse setor em Portugal.
“É integro, objetivo e focado. Nas reuniões de trabalho não se dispersa com minudências, vai direto aos pontos críticos e certos e é bastante focado nos resultados”, descreve a gestora Esmeralda Dourado, que trabalhou com o banqueiro, por exemplo, no processo de privatização do Banco Fonsecas & Burnay.
Com a banca em fase de mudança, o advogado Pedro Rebelo de Sousa tinha como missão conduzir o processo, o primeiro de privatização a 100% de uma instituição financeira e que marcou o modelo que viria a ser utilizado na maioria das privatizações por concurso público.
Assim, na década de 90, foi buscar quadros ao sector privado para o sector público, como Esmeralda Dourado e Nuno Amado. “Fizemos a privatização em 19 meses, um processo que acabou mais cedo do que o previsto”, lembra o advogado.
Na época, o atual presidente do Millenium BCP tinha 32 anos. Rebelo de Sousa recorda-se do “conhecimento profundo dos mercados, da experiência em consultoria e o facto de Nuno Amado já ser uma referência do Citibank”.
Mais tarde, assumiu a liderança do Santander Totta em Portugal e, em finais de 2011, foi desafiado pelos accionistas como a Sonangol, Atlântico e a EDP para liderar o Millenium BCP.

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