Mais de dois anos depois de ter comprado o antigo Twitter por 44 mil milhões de euros, Elon Musk voltou a lançar uma investida em São Francisco. A mira estava na OpenAI, a dona do ChatGPT, mas Sam Altman não cedeu aos mais de 97 milhões de dólares oferecidos pelo novo "protegido" de Donald Trump e um consórcio de investidores, noticiou o "The Wall Street Journal".
"Não, obrigado, mas compramos o Twitter por 97,4 milhões de dólares, se quiserem", respondeu o CEO da empresa norte-americana.
Com uma influência crescente em vários planos - assumiu a liderança no Departamento de Eficiência Governamental há poucas semanas -, Elon Musk estará resolvido a levar a OpenAI, que cofundou em 2015, para o Texas.
Balizada em 157 mil milhões de dólares (em torno de 140,6 mil milhões de euros) depois de, no início de outubro, ter garantido 6,6 mil milhões de dólares numa ronda de capital inédita, a OpenAI é um dos principais players da inteligência artificial (IA).
Atualmente, a Microsoft detém aproximadamente 49% da OpenAI, sendo a participação restante detida por um grupo de investidores de Capital de Risco (entre os quais, Thrive Capital e SoftBank) e Nvidia, cujas percentagens de ações não são públicas.
Sobre a oferta apresentada por Musk, analistas do Bankinter, que olham para a notícia como "positiva para o setor tecnológico e, nomeadamente, para as empresas com exposição à IA (Microsoft, Nvidia, Alphabet, etc.)", entendem que, perante os valores considerados, "não parece que a oferta tenha perspetivas de sucesso". "Parece mais uma tentativa de Musk de procurar a desestabilização da participação da empresa em futuros movimentos (especula-se que a intenção de Musk seria fundir OpenAI com a sua startup “xIA”). Em todo o caso, o que revela é que o interesse de investir continua a ser muito forte no setor e que a rivalidade das grandes empresas pelo controlo do desenvolvimento da IA continua vigente", explicam os mesmos analistas.