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NOS vê lucros dispararem 94,3% no primeiro trimestre à boleia de efeito extraordinário de 22 milhões

A justificar este crescimento do resultado líquido da operadora está o efeito extraordinário de 22,2 milhões de euros, de acordo com o relatório de contas divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que aponta, ainda, para um aumento de 5,7% nas receitas consolidadas no período em análise, atingindo os 403,3 milhões de euros.

Os primeiros três meses do ano foram de prosperidade para a NOS, cujos lucros dispararam, em termos homólogos, 94,3% para 67,8 milhões de euros, apoiados num "desempenho robusto" de todos os segmentos de telecomunicações.  

A impulsionar o crescimento do resultado líquido da operadora está, também, um efeito extraordinário de 22,2 milhões de euros relacionado com uma decisão sobre um diferendo entre a NOS e a Anacom, que compreende "ajustes para uma entrada adicional de taxas de atividade relacionadas com uma decisão judicial favorável, originalmente reportada no quarto trimestre de 2023, de 31,7 milhões de euros (9,5 impostos, 22,2 após impostos)". No quarto trimestre de 2023, a operadora recebeu uma fatia inicial de 15,6 milhões de euros. 

No ano passado, "a NOS reconheceu um rendimento de 38,5 milhões de euros proveniente de uma decisão judicial favorável relativa a um pedido de liquidação de taxas de atividade", é referido no comunicado do trimestre anteriores.

Isto de acordo com o relatório de contas divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que aponta, ainda, para um aumento de 5,7% nas receitas consolidadas no período em análise, atingindo os 403,3 milhões de euros.

Segundo a empresa, esse crescimento das receitas "é testemunho do desempenho robusto de todos os segmentos de telecomunicações, em conjunto com as melhorias contínuas nas operações de Audiovisuais e Cinema (A&C)". 

Discriminando por área, as receitas de telecomunicações atingiram 389 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que corresponde a uma subida de 5,4% em termos homólogos.

Quanto ao B2C, está em causa um crescimento de 4,9%, por via do "crescimento dos RGUs e por uma melhoria contínua do mix de valor, refletida no aumento de 3,5% do ARPU residencial, para 50,8 euros, e no aumento das receitas de clientes B2C stand-alone". 

No que diz respeito ao segmento B2B, a empresa reportou um aumentou das receitas para 87 milhões, um crescimento acima dos 7,6%, que justifica com o "bom desempenho do segmento Corporate, que registou um aumento de 9,3% face ao período homólogo". 

Passando ao negócio de exibição cinematográfica e de audiovisuais da NOS, a empresa teve um aumento de receitas de 11,6% nos meses em análise, ascendendo a 22,80 milhões de euros. "As receitas de cinema cresceram 15,8% em relação ao ano anterior, impulsionadas principalmente pelas fortes vendas de bilhetes, com um aumento de 14,7% face ao ano anterior", destalha a operadora de telecomunicações, qualificando os números como "particularmente notáveis" dado que "ultrapassaram os níveis do primeiro trimestre de 2019 em 6,8%, o melhor ano de sempre para as vendas de cinema". 

No que diz respeito ao CAPEX (investimento total), a empresa canalizou, para este efeito, 92 milhões nos primeiros três meses do ano, em linha com a tendência de descida observada ao longo dos meses. 

No que diz respeito aos números da bilheteira, as operações de cinema da NOS tiveram "um ressurgimento da afluência" com um crescimento das 14,7% nas vendas de bilhetes no primeiro trimestre deste ano em relação ao homólogo. Entre os êxitos de bilheteira estão "Dune II" e "Bob Marley - One love". 

"Após ajustes para uma entrada adicional de taxas de atividade relacionadas com uma decisão judicial favorável, originalmente
reportada no quarto trimestre, de 31,7 milhões de euros (9,5 impostos, 22,2 após impostos)", o resultado líquido aumentou 30,8%, para 45,7 milhões de euros.

O pagamento de um dividendo ordinário de 35,0 cêntimos por ação, aprovado em assembleia-geral de acionistas, no dia 12 de abril, foi executado, na totalidade, em 24 de abril. 

"Após o pagamento deste dividendo, a NOS manterá uma sólida estrutura de capital, permanecendo abaixo do seu rácio de endividamento líquido alvo de 2x NFD/EBITDA após pagamentos de leasings", acrescenta o relatório.

"À medida que o ano de 2024 avança, a NOS continua a progredir no âmbito das decisões estratégicas que têm vindo a moldar significativamente o nosso percurso. Com a fase de investimento intenso em 5G já ultrapassada, o nosso foco voltou-se para o aproveitamento desta tecnologia para melhorar as nossas ofertas de serviços e para impulsionar a eficiência nas operações e nos serviços através do nosso programa de transformação promovido pela IA. O nosso crescimento sustentado no primeiro trimestre de 2024 reflete o nosso forte compromisso para com a inovação, um serviço superior ao cliente e a nossa proposta de valor. Estes elementos são cruciais para navegarmos no ambiente dinâmico de mercado de modo a proporcionar valor adicional aos nossos acionistas e clientes", comentou o CEO da NOS, Miguel Almeida, citado no mesmo relatório.