Oriunda de um país com enormes escritores – alguns deles injustamente esquecidos pela academia sueca (Philip Roth ou David Foster Wallace, que já não andam por aí para receberem prémios, e Don Delillo) – a poetiza Louise Glück é a mais recente Prémio Nobel da Literatura. E desde logo a galardoada parece ter conseguido repescar os responsáveis do prémio às águas turbulentas da controvérsia, para onde tinham sido sugados depois de terem escolhido Peter Handke (em 2019, um austríaco acusado de ser pró-sérvio nas guerras dos Balcãs acontecidas depois da implosão da Jugoslávia), ou mesmo Bob Dylan (2016, universalmente conhecido como músico).