Na era do imediato, do nanossegundo, invocar o tempo longo pode parecer uma provocação fácil. Mas só poderemos perceber aquele em contraste com este. Por vezes, a partir de fotografias “foleiras”, como as de aniversário, umas mais desfocadas, outras mais bem conseguidas, que povoam os álbuns guardados por pais e avós. Noutros casos, afortunadamente, fazemos esse exercício a partir das imagens captadas metodicamente, num ritual que se repete todos os anos ao longo de 48 anos.