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Negociações para o novo governo com base em documento de 12 pontos

As negociações formais para a formação do governo de coligação SPD, FDP, Verdes começaram há pouco mais de 12 horas. Com pelo menos 22 grupos de trabalho no ativo, o Natal é a meta. Paris, Washington, Varsóvia e Budapeste vão viver semanas de desassossego.

Quase um mês depois das eleições, a 26 de setembro, os social-democratas do SPD, os liberais do FDP e os ecologistas dos Verdes só agora estão a preparar-se para negociações mais próximas da vontade de formarem um governo conjunto. Com a tradicional falta de precipitação dos alemães – que em 2017 demoraram quase meio ano para formarem o executivo, o último liderado por Angela Merkel – todos os três estiveram a observar as movimentações de cada um dos outros, mas principalmente os sinais da sociedade civil que foram marcando as últimas semanas.
As negociações formais para a coligação começaram apenas na tarde desta quinta-feira, com o secretário-geral do SPD, Lars Klingbeil, o líder federal dos Verdes, Michael Kellner, e o secretário-geral do FDP, Volker Wissing, a estabelecerem regras, ambições e modus operandi numa conferência de imprensa imediatamente antes. E só uma semana antes, a 15 de outubro, os líderes máximos das três formações aprovaram o início formal das negociações. A partir desta segunda-feira, pelo menos 22 grupos de trabalho diferentes vão debruçar-se sobre as mais diversas áreas e questões – num esforço que ninguém acredita que não demore pelo menos um mês. E só então – depois de atribuídos os pelouros a cada um dos partidos – é que os germânicos em particular e a Europa em geral tomarão conhecimento do programa da coligação.
A base de trabalho é um documento com 12 pontos-chave: modernização e digitalização do estado; proteção climática e economia de mercado socioecológica; horário de trabalho flexível e aumento do salário mínimo; pensão estatutária e o fim do Hartz IV (reforma das leis do trabalho introduzida em 2002); prioridade à criança, às famílias, e à educação; economia e inovação; habitação (400 mil novos apartamentos por ano, 100 mil dos quais com financiamento público); liberdade, diversidade e democracia; imigração (a Alemanha é um país de imigração e isso deve ser refletido na lei da nacionalidade); segurança; política externa e defesa (União Europeia e NATO são indiscutíveis); e eleições (evitar que o número de membros do Bundestag cresça, mas reduzir a idade mínima para os 16 em algumas eleições).

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