Nasdaq com a pior sessão desde 2022

A última semana ficou marcada por mais instabilidade nos mercados, principalmente no outro lado do atlântico, com o índice Nasdaq a cair 4% na segunda-feira, a sua maior queda desde setembro de 2022. Além disso, a tensão comercial entre os EUA e o Canadá continua ao rubro.
Numa semana negativa para as bolsas dos EUA, o setor tecnológico continuou a ser o mais afetado, com o índice Nasdaq 100 a cair mais de 4%. Na segunda-feira, o índice registou o seu pior desempenho desde setembro de 2022 ao recuar exatamente 4%. Estas quedas sucedem numa altura em que aumentam os receios de uma recessão económica nos EUA. Numa outra nota, a Meta, proprietária do Facebook, terá começado a testar o seu primeiro chip interno para treinar sistemas de inteligência artificial com o objetivo de diminuir a sua dependência de fornecedores externos como a Nvidia.
Na Europa, a Volkswagen anunciou lucros de 10,72 mil milhões de euros em 2024, refletindo uma descida de 32,8% face ao ano anterior. A fabricante alemã enfrenta um cenário desafiante, marcado pela concorrência da China e pelo aumento dos custos operacionais. O resultado operacional da empresa também sofreu um recuo de 15,4%, situando-se nos 19,06 mil milhões. Apesar disso, o volume de negócios cresceu quase 1%, atingindo os 324,7 mil milhões de euros. O grupo anunciou ainda um corte de 30% nos dividendos, fixando-os em 6,36 euros por ação. Por sua vez, a Inditex, dona da Zara, anunciou que registou um início de ano mais moderado e que entre 1 de fevereiro e 10 de março as vendas subiram apenas 4%, uma desaceleração face aos 11% registados no mesmo período do ano passado. Já a Puma revelou um plano de redução de custos que inclui o corte de 500 postos de trabalho e o encerramento de lojas pouco rentáveis.
Em Portugal, e numa semana em que o Governo caiu após uma moção de confiança rejeitada, o PSI registou perdas superiores a 1%. A REN de registou lucros de 152,5 milhões de euros em 2024, o que representa uma subida de 2,2% face a 2023. Por sua vez, o EBITDA da empresa recuou 1,5% para 506 milhões de euros, refletindo uma menor rentabilidade dos ativos regulados. Por fim, é de mencionar que o investimento cresceu 22,2% para 368,4 milhões, alinhado com o plano estratégico 2024-27. Na sessão seguinte, as ações da REN subiram 5,6%.