A intensidade do conflito entre os Presidentes da República e os governos em Portugal pode ser mais elevada nos períodos de coabitação, mas também nos governos de maioria absoluta, defende Vasco Franco, ex-secretário de Estado da Proteção Civil entre 2009 e 2011 e ex-deputado do PS, após uma análise da interação entre os poderes presidenciais, o Governo e a Assembleia da República entre 1982 e 2016, que deu origem ao livro “Semipresidencialismo: Perspetiva Comparada e o Caso Português”. No entanto, o atual investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) considera que Marcelo Rebelo de Sousa teve com António Costa uma atitude “bastante cooperante”, não antevendo um segundo mandato do atual Presidente mais conflitual.