Oficialmente, “a reunião dos líderes do G20 em Roma [a 30 e 31 de outubro] é uma das mais importantes dos últimos anos”, refere a própria organização, para enfatizar que, desta vez, os líderes das 20 maiores economias (que agregam entre 70% e 80% do PIB mundial) têm na agenda as pessoas e não as políticas, ou talvez a política para as pessoas: a resposta conjunta ao desenvolvimento económico que a pandemia de Covid-19 tornou urgente e as alterações climáticas.
“A crise da Covid-19 é a mais séria desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e os líderes das maiores economias têm uma responsabilidade particular de moldar o mundo pós-pandemia e de coordenar a ação internacional para enfrentar os principais desafios” agora que o tempo é de seguir em frente.
Os membros do G20 deixam uma advertência mais ‘séria’: farão “esforços em direção a uma tributação internacional justa e na solidariedade financeira internacional para permitir que os países em desenvolvimento recuperem o atraso e beneficiem de uma prosperidade crescente”. Isto porque, reconhecem, “nenhum país, nem mesmo o mais desenvolvido, foi preparado” para as contingências da pandemia.
A cimeira do G20 será aliás uma espécie de antecâmara da cimeira dos dirigentes mundiais de 1 de novembro, dia logo a seguir, que dará início à 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26). Até 12 de novembro, a COP26 reunirá os 197 países da organização na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CQNUAC). A conferência será organizada pelo Reino Unido, que exerce a presidência da COP26 em parceria com a Itália.