A bolsa de Lisboa encerrou as negociações desta sexta-feira em terreno positivo e contrariou assim o sentimento negativo que se fez sentir entre as congéneres europeias. O índice PSI deu um salto de 0,40%, para os 6.209,63 pontos.
Os títulos da Mota-Engil subiram 1,51% até aos 3,025 euros. Atrás da empresa de construção civil ficou o BCP, que se adiantou 1,13%, a beneficiar das contas do Bank Millenium, do qual detém 50,1%. Aquela instituição bancária registou um lucro acima do esperado, na ordem de 103 milhões de euros no terceiro trimestre do ano. No encerramento da sessão, as ações estavam a ser negociadas em 0,2857 euros. Logo atrás ficou a Galp, a dar um salto de 1,12%, para os 14,48 euros.
A petrolífera beneficiou da subida do barril de brent, que está a ser negociado a 88,96 dólares, 1,17% acima do observado no início da sessão. No caso do crude, o custo está a aumentar 1,15%, até aos 84,17 dólares por barril. Na origem poderão estar novos receios sobre a possibilidade de crise que se desenrola no Médio Oriente se começar a estender a uma área maior, depois de os Estados Unidos terem desferido ataques aéreos na Síria na noite de quinta para sexta-feira.
Por outro lado, a Semapa foi a cotada que mais caiu, na ordem de 1,47%, para 13,44 euros por título. Seguiu-se a Sonae, a derrapar 0,70%, até aos 0,922 euros.
Entre os índices europeus dominou o sentimento negativo, com a praça de Paris a ser protagonista da queda mais acentuada, na ordem de 1,28%. Em causa está, por exemplo, a reação amplamente negativa à divulgação de resultados da farmacêutica Sanofi, cujos títulos caíram a pique, na ordem de 18,9%.
Seguiram-se o Reino Unido, a escorregar 0,89% e o índice agregado Euro Stoxx 50, que resvalou 0,86%, ao passo que Itália perdeu 0,80%. Espanha recuou 0,50%, ao mesmo tempo que a Alemanha tombou 0,30% na sessão.
Já esta segunda-feira, o Eurostat divulga indicadores de confiança relativos à economia, indústria e serviços da zona euro, que devem mexer com as bolsas europeias. De resto, a semana é de especial importância nos mais variados sectores, já que a Reserva Federal (Fed), nos Estados Unidos vai dar a conhecer na quarta-feira as taxas de juro de referência para novembro. No dia anterior, é a vez de o Bank of Japan (BoJ) fazer o mesmo.
De recordar que, na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) colocou um travão à política monetária agressiva, ao manter a taxa nos 4,5% depois de dez subidas consecutivas.