A Mota-Engil foi a cotada que mais força deu à bolsa de Lisboa na primeira negociação da semana. À imagem do que aconteceu na generalidade das praças europeias, o PSI terminou a sessão de segunda-feira no 'verde', somando ganhos de 0,55% (6.938,14 euros).
A contribuir para o bom desempenho do índice de referência nacional estiveram, além da construtora portuguesa, que encerrou o dia com uma valorização de 3,03% (4,076 euros), a EDP (1,98%; 3,754 euros), a Corticeira Amorim (1,57%; 9,69 euros) e a EDP Renováveis (1,52%; 14,73 euros).
A fechar a série das empresas que negociaram com otimismo estão a Galp (0,93%; 20,00 euros), os CTT (0,46%; 4,39 euros), a Jerónimo Martins (0,78%; 20,66 euros), a NOS (0,30%; 3,36 euros) e a Navigator (0,54%; 4,084 euros)
Em contracorrente estiveram o BCP e a Semapa, que recuavam 1,82% para 16,14 euros e 1,49% para 0,3579 euros, pela mesma ordem, aquando do encerramento da negociação. A reação dos investidores aos resultados da Semapa surpreendeu, dado que os lucros da Semapa contraíram acima do que era aguardado. O resultado líquido da holding que controla a Secil e a Navigator caiu 15,4% para 48,2 milhões de euros no primeiro trimestre.
"A empresa aprovou um dividendo de €0,626 por ação, a ser distribuído a partir de 12 de junho", recorda a nota de análise do Millennium Investment Banking, acrecentando que também a Navigator "anunciou que irá distribuir um dividendo bruto de cerca de €0,21091 por ação, a partir de 11 de junho".
A completar o conjunto das cotadas no ‘vermelho’, listam-se a Ibersol (-0,80%; 7,42 euros), a Altri (-0,66%; 5,245 euros) e a Sonae (-0,51%; 0,9670 euros).
Passando às maiores praças europeias, o cenário geral foi de otimismo. Por país, o DAX (Alemanha) fechou a sessão com uma subida de 0,37% (18.761,61 pontos), o IBEX (Espanha) com uma valorização de 0,71% (11.325,50 pontos) e o CAC (França) com mais 0,46% (8.132,49 pontos).
Na Alemanha, o instituto Ifo fez saber que a confiança das empresas estagnou em maio (89,3 pontos), ficando aquém das previsões de 90,4 pontos, que apontavam para uma melhoria.
No capítulo da política monetária, Philip Lane, economista chefe do Banco Central Europeu (BCE), entende que os juros diretores na zona euro deverão começar a recuar já na próxima reunião da instituição. Em declarações ao 'Financial Times', o mesmo responsável defende que o bloco tem tido sucesso na luta contra a inflação, conseguindo recolocar o indicador numa tendência descendente, tal como a evolução salarial.
No outro lado do Atlântico, foram divulgados novas projeções sobre o cenário da taxa de juros, com o Goldman Sachs a aguardar o primeiro corte para setembro, adiando assim a conjetura inicial depois de mais sinais de que o mercado laboral continua forte.