Skip to main content

Moçambique, o fim do paraíso

Viagem por dois livros que têm Moçambique no seu epicentro: em Cabo Delgado o conflito cujas razões urge identificar, na ilha de Moçambique o tempo reparador que ajuda a refletir.

Entre nós, Moçambique é quase desconhecido, se não mesmo ignorado. Apesar da longa relação histórica entre as duas nações, este país da costa oriental africana é remotamente conhecido e apenas na sua versão mais exótica. Praias extensas de areia fina e águas límpidas a par do Parque Nacional da Gorongosa vendem esse produto turístico chamado Moçambique. Essa informação turística baseia-se numa perspetiva exótica do país que, em simultâneo, se baseia na oferta de praias paradisíacas e na possibilidade de contactar com essa natureza estranha e indomável. A história e o património ficam relegados para um nicho de mercado mais ligado ao turismo cultural e, sobretudo, centrado na Ilha de Moçambique, antiga capital da então província colonial. Contudo, a dificuldade em lá chegar torna esta ilha mais atraente para intelectuais e estudiosos do que propriamente para o viajante comum.

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico