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Mercados europeus sorriram perante alertas de Lagarde

A líder do Banco Central Europeu sublinhou que a banca tem expectativas demasiado altas. Aquele órgão divulga hoje os resultados dos testes de stress, que deverão revelar até que ponto o sector bancário está preparado para fazer face a um possível choque.

Os mercados europeus reagiram de forma positiva aos alertas deixados esta terça-feira no Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra, por Christine Lagarde. Em foco estiveram a inflação e o sector bancário. As principais praças europeias terminaram a sessão a registar ganhos, sendo que também Lisboa encerrou em terreno positivo, ainda que de forma muito tímida.

Esta quarta-feira é dia de novidades, já que o BCE vai divulgar os resultados dos testes de stress.

Numa sessão marcada pelas valorizações, a bolsa de Lisboa encerrou com ligeiros ganhos, ao crescer 0,03%, para 5.910,20 pontos. Lá fora, destaque para Espanha, com um crescimento de 1,25%, para 9.390,20 pontos.

Euro Stoxx 50, índice de referência que agrega as maiores cotadas europeias, subiu 0,58%, sendo que Itália ganhou 0,55% e França avançou 0,43%. No caso da Alemanha, houve uma valorização de 0,26% e a subida mais ligeira foi do Reino Unido, na ordem de 0,14%.

De acordo com as palavras de Lagarde, que marcaram o dia de ontem, porém, os sinais não são todos positivos. A responsável sublinhou que o sector da banca está a colocar a fasquia demasiado alta no que diz respeito às expectativas e, por esse motivo, pede moderação, já que o contexto é de uma forte tendência de subida dos custos e das taxas de juro.

Os bancos devem apresentar à Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), três vezes por ano, dados que indiquem as projeções para os níveis de capital num cenário base e num cenário adverso. Os números são posteriormente analisados pelas autoridades, na procura de perceber qual a capacidade das instituições financeiras para resistir a um eventual choque, e as conclusões retiradas vão ser divulgadas esta quarta-feira.

Lagarde fez saber ainda que as taxas de juro vão manter-se altas durante o “tempo que for necessário”, de forma a fazer baixar os níveis de inflação para 2%. Independentemente disto, “a inflação na zona euro está muito alta e deverá continuar assim durante muito tempo”, garantiu a líder do BCE.