O conflito que se vive no Médio Oriente, entre o Hamas e Israel, está a resultar em fortes tensões, não apenas no plano geopolítico, como também ao nível dos mercados, um pouco por todo o mundo. Prova disso é que os mais importantes índices europeus encerraram a semana em perda.
Em causa estão os receios de que o conflito possa impactar no mercado petrolífero, já que os países do Médio Oriente são responsáveis por cerca de um terço da oferta existente no mercado petrolífero à escala mundial.
Nesse sentido, a possibilidade de o conflito escalar e envolver outros países daquela região do globo está a levantar receios, de tal forma que o preço do barril de brent (considerado pelos mercados como referência) subia mais de 4% aquando do término da sessão de sexta-feira na Europa.
Outro fator de insegurança foi registado na indústria, em que a produção caiu em agosto, face ao mês homólogo. O decréscimo foi de 5,1% na zona euro e de 4,4% na União Europeia (UE).
Lisboa seguiu o sentimento geral, com o índice PSI a recuar 0,73%, até aos 6.043,16 pontos. A Mota-Engil foi protagonista da queda mais acentuada, na ordem de 3,62%, seguida pelas energéticas Greenvolt e EDP Renováveis, que recuaram 2,51% e 1,88%, respetivamente. Na banca, o BCP derrapou 2,04%.
Em dia de poucas subidas, a Galp beneficiou da subida observada no petróleo e a cotação em bolsa da petrolífera deu um salto de 1,77%.
Entre os principais índices da Europa, todos registaram perdas. O alemão escorregou 1,55%, seguido pelo índice agregado Euro Stoxx 50, na ordem de 1,50%, ao passo que França tombou 1,42%. Espanha perdeu 1,10%, Itália contraiu 0,90% e o Reino Unido ficou-se pelos 0,59%.
Também na sexta-feira, a banca norte-americana deu início às apresentações de resultados, com Wells Fargo, Citigroup e JPMorgan a apresentarem números que surpreenderam pela positiva. Na próxima semana, outros players do sector da banca norte-americana vão avançar com contas.